
“Quem poderá falar e fazer acontecer, se o Senhor não o tiver decretado?”
(Lamentações 3:37 – NVI)
Vivemos em uma época em que a independência e a autossuficiência são exaltadas como virtudes supremas. Desde cedo, aprendemos que precisamos conquistar nosso espaço, tomar decisões por conta própria e depender cada vez menos dos outros. Mas, em algum momento, essa mentalidade pode nos levar a um perigoso engano: acreditarmos que temos controle absoluto sobre nossa vida e que podemos fazer e desfazer sem considerar a vontade de Deus.
O versículo de Lamentações nos lembra que nada acontece sem a permissão do Senhor. No contexto, o povo de Israel estava sofrendo as consequências de sua própria rebeldia. Eles achavam que podiam viver à parte da orientação divina, mas descobriram da pior maneira que Deus não pode ser ignorado.
Nos dias de hoje, muitos acreditam que podem agir como quiserem sem enfrentar consequências. O pecado é relativizado: “Se todo mundo faz, não pode ser tão errado assim.” Mas a justiça de Deus não funciona por estatísticas. O fato de muitos praticarem algo não torna isso certo. Podemos até escapar do julgamento humano por um tempo, mas não podemos fugir das consequências espirituais e, muitas vezes, emocionais e físicas do pecado.
Quantos casamentos são destruídos por traições justificadas como “normais” na cultura atual? Quantas pessoas perdem credibilidade porque tentaram levar vantagem em algo, achando que jamais seriam descobertas? Quantos corações se tornam frios e vazios porque escolheram um caminho de desobediência, acreditando que poderiam administrar suas vidas sem Deus?
A Palavra de Deus nos ensina que há sofrimento tanto para os que fazem o bem quanto para os que fazem o mal. A diferença é que o sofrimento dos justos é recompensado com honra e crescimento, enquanto a dor do pecado traz destruição e vergonha. Se escolhemos desobedecer, cedo ou tarde enfrentaremos as consequências, quer seja a perda da paz, a destruição de relacionamentos, o afastamento da presença de Deus ou até mesmo dores físicas e emocionais causadas pelo peso da culpa.
Diante disso, qual será nossa postura? Vamos continuar nos enganando, acreditando que temos o controle, ou vamos reconhecer que só Deus tem o poder de falar e fazer acontecer? É hora de abandonar a ilusão da autossuficiência e nos submetermos à Sua vontade.
Richard Mannich