
Mais tarde Jesus encontrou o homem no templo e lhe disse: ‘Agora você está curado; não volte a pecar, senão poderá acontecer uma coisa pior a você.
— João 5:14 (NBV-P)
Quem era esse homem?
Um ex-paralítico, ex-excluído, ex-coitado, ex-conformado, ex-deprimido…
Quando Jesus perguntou se ele queria ser curado, sua mente cauterizada lhe dizia que isso não era possível. Sua circunstância parecia determinar seu destino:
“Estou aqui há tanto tempo, faço a mesma coisa há tanto tempo, que não é possível sair desse ciclo.”
“Se ninguém me tirar daqui, não adianta querer. Eu até já quis, mas ninguém fez nada por mim… acho que não mereço mesmo…”
Quantas pessoas hoje vivem exatamente assim? Presas em um ciclo de limitação, esperando que alguém faça algo por elas, sem nem saber se existe uma saída…
O potencial de vida está enterrado sob a sensação de abandono, orfandade e rejeição.
Mas Jesus quer mudar essa realidade! Ele já fez isso antes e continua fazendo! Milhares de pessoas testemunham que um encontro com Jesus transformou suas vidas. Pessoas que antes se viam sem valor hoje entendem que Deus as amou tanto que entregou seu próprio Filho por elas!
Jesus sabe quando não conseguimos avançar por causa da forma como nos enxergamos. Ele sabe que há um potencial dentro de nós que não pode ser desperdiçado!
O que faremos agora? Jesus está nos desafiando!
Aquele paralítico foi curado e provavelmente se apresentou ao sacerdote, como era o costume judaico, para que sua cura fosse reconhecida oficialmente. Quando recebeu esse testemunho, percebeu que foi Jesus quem operou sua transformação!
Então Jesus lhe disse: “Não volte a pecar.”
Mas qual foi o pecado daquele homem?
Se achar indigno?
Desistir da mudança de vida?
Acreditar que sua libertação dependia dos outros?
Jesus o advertiu: se voltasse a pecar daquele jeito, sua situação poderia ser ainda pior!
Isso também se aplica a nós. Quem já experimentou a libertação de vícios, relacionamentos abusivos ou comportamentos destrutivos e depois volta a esses mesmos padrões, encontra uma recaída ainda mais profunda. A culpa, a autopunição e a dor tornam-se ainda maiores.
Por que correr esse risco?
Se Jesus nos chamou para uma vida de liberdade, se podemos dar frutos que glorificam a Deus, por que desperdiçar essa oportunidade?
Não podemos caminhar sozinhos e nem achar que será fácil. Precisamos de pessoas que nos fortaleçam e nos ajudem a permanecer firmes, assim como nós podemos ajudar outros a viver essa mesma transformação.
Fomos chamados para consolar com a mesma consolação que recebemos.
Para amar como fomos amados.
Para lembrar de onde saímos e apontar Jesus àqueles que ainda estão presos no mesmo buraco de onde fomos tirados.
E você?
Existe algo em sua vida que Jesus já libertou, mas que você tem corrido o risco de retomar?
Richard Männich