DÍZIMOS E OFERTAS

E Deus, que dá semente ao que semeia e pão para alimento, também suprirá e aumentará as sementes e multiplicará os frutos da justiça de vocês. 2 Coríntios 9.10

 

Sabemos quando uma pessoa está consolidada e atuante em uma igreja quando contribui prazerosa e responsavelmente com a igreja.

Dízimo significa a décima parte. Deus o separou para que fosse a porção usada para a edificação do Seu Reino. É o teto mínimo ordenado ao seu povo que, pela obediência, fosse respeitado. Também é um princípio espiritual que garante o sustento do seu povo através da confiança que depositam nEle.

Segundo a Bíblia, o dízimo, como tudo o que existe, já é de Deus. Ele lhe concede o privilégio de devolvê-lo como prova de confiança. Muitos crentes jamais provarão de uma bênção financeira que está ao seu alcance, porque têm roubado o santo dízimo e guardado para eles mesmos. Semente não é para comer, mas para plantar.

 

Os tipos de ofertas que encontramos na Bíblia

As primícias - Levítico 23.9-14; Êxodo 23.16; 34.22,26; Deuteronômio 26.1-11; - As primícias eram para o sustento do Sacerdote;

O Dízimo - Levítico 27.30-33; Números 18.21-32; Deuteronômio 14.22-29; 26.12-15; - Os dízimos eram para as despesas da Casa do Senhor e sustento dos levitas que ali trabalhavam;

As ofertas - Números 15.1-21; Cap. 28; Êxodo 34.20c - As ofertas eram ordenanças de Deus, onde todos compareciam diante dEle com “mãos cheias”.

 

A pessoa confiante e generosa sabe que o dízimo é o piso inicial a partir do qual se começa a confiar plenamente nas promessas de Deus e se torna uma pessoa liberal. Somente o confiante e comprometido com o Reino de Deus pode se desprender a ponto de desfrutar da fé. O dízimo é um princípio espiritual encontrado em todos os tempos: antes, durante e depois da Lei. É a porção santa do Senhor que ele usa para edificar a Sua igreja e tratar a nossa vida. Ele nos concede o que é dele para que plantemos novamente e recolhamos em abundância para suprir nossas necessidades. É uma via de mão dupla, porém jamais uma troca.

Entregar o dízimo é a prática bíblica de devolver dez por cento de sua renda a Deus depois que recebemos o nosso salário. A “casa” de Deus, a igreja, é a principal responsável pela divulgação e manutenção da missão. Por isso cabe a ela ser a receptora e distribuidora dos dízimos dos cristãos. É ali que se constroem prédios para sediar os cultos, sustentar obreiros e pontos missionários para pregação do Evangelho.

 

Nenhum cristão tem direito de administrar seu próprio dízimo, mas deve entregar à igreja onde recebe alimento espiritual. Não existem pedras soltas no edifício de Deus. Faça a sua parte e Deus fará a dele na cobrança da aplicação honesta dos recursos por parte dos seus líderes. A posição de uma pessoa que não devolve o dízimo é semelhante à de um ateu. Observe aqueles que roubam a Deus no dízimo e nas ofertas: suas vidas financeiras são uma vitrine de desorganização. Quem não consegue se organizar com 90%, também não conseguirá com os 100%.

 

Encontramos em Gênesis 14.20: Seja louvado o Deus Altíssimo, que entregou os inimigos de você nas suas mãos! Aí Abrão deu a Melquisedeque a décima parte de tudo o que havia trazido de volta. Como sinal de bênção e reconhecimento de tudo o que Deus representava na sua vida, Abrão devolveu o que era de Deus, marcando o início dessa prática que se repetiria em Levítico 27.30: A décima parte das colheitas, tanto dos cereais como das frutas, pertence a Deus, o SENHOR, e será dada a ele.

Você pode perceber que a décima parte é requerida. Este ato de obediência é recompensado pelo nosso Pai através do seu sustento sem limites para seus filhos e filhas que observam Sua palavra. Os princípios que estão na Bíblia são recompensadores até para quem não confia em Deus, pois seus conselhos e orientações são carregados de sabedoria e há muitos livros de motivação e autoajuda inspirados na Bíblia. Quanto mais aos que são discípulos de Jesus e obedecem por fé!

 

Não podemos ser desobedientes

No Antigo Testamento, o dízimo, o entregar, dar o dízimo estava ligada à vida do camponês – homem do campo. Estava estreitamente conectado à produção da lavoura ou a fertilidade do gado = (dizimava-se :grãos, frutos, animais, produtos da terra, da lavoura). O Dízimo era uma expressão de gratidão a Deus pelo dom da terra, da chuva, do ar, sol e do cuidado, e provisão de Deus.

Por isso, a Bíblia fala a respeito das primícias como a mais pura expressão da espontaneidade e gratidão humana. Com o passar do tempo, pouco a pouco, o povo foi deixando de entregar o dízimo como uma doação espontânea, então, no livro de Deuteronômio se observa uma regulamentação para a prática de dar o dízimo. “Todos os anos separarás o dízimo de todo o produto da tua semeadura que o campo produzir (Deuteronômio 14.22).”

Aquilo que era espontâneo, agora se tornou regulamentado por Deus, por falta da espontaneidade, generosidade, e expressão de gratidão do povo à Deus, pelas bênçãos nas colheitas, fertilidade dos animais, benção da terra. Por esta falta, agora o Senhor regulamenta o dízimo, condicionando assim também suas bênçãos. Tudo isso porque o povo, que estava recebendo as bênçãos, provisão e cuidado de Deus, se esquecem da fidelidade, honra e gratidão. A infidelidade, falta de honra e ingratidão, trouxe para o povo algumas consequências:

 

Ageu 1.6, 10-11: “Semeais muito, e recolheis pouco; comeis, porém não vos fartais; bebeis, porém não vos saciais; vestis-vos, porém ninguém se aquece; e o que recebe salário, recebe-o num saco furado.”

“Por isso retém os céus sobre vós o orvalho, e a terra detém os seus frutos. E mandei vir a seca sobre a terra, e sobre os montes, e sobre o trigo, e sobre o mosto, e sobre o azeite, e sobre o que a terra produz; como também sobre os homens, e sobre o gado, e sobre todo o trabalho das mãos.”

 

Em Malaquias 3.6-12 e 18, Deus chama a todos ao arrependimento. Será que alguém pode roubar a Deus? Mas vocês estão me roubando e ainda perguntam: “Em que te roubamos?” Nos dízimos e nas ofertas (verso 8).

 

Tudo isso é Deus chamando o povo ao arrependimento, e ao reconhecimento. Se estão sendo abençoados, também devem reconhecer que tudo vem de Deus.

 

Devolvemos o dízimo sob 5 perspectivas

1)PERSPECTIVA BIBLICA
Instituído por Deus nas Sagradas Escrituras.

 

2)PERPECTIVA DA GRATIDÃO

Somos abençoados e por isso muito gratos a Deus pela provisão. Deus tem nos abençoado com a terra, trabalho, colheita, família, suprido nossas necessidades. Quando devolvemos o dizimo, estamos agradecendo.

Davi entendeu bem isso: 1 Crônicas 29

“Porque tenho afeto à casa de meu Deus, o ouro e prata particular que tenho eu dou para a casa do meu Deus, afora tudo quanto tenho preparado para a casa do santuário: Davi louvou ao Senhor na presença de toda a congregação; e disse : Bendito és tu, Senhor Deus de Israel, nosso pai, de eternidade em eternidade. Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste por cabeça sobre todos. Riquezas e glória vêm de diante de ti, e tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; e na tua mão está o engrandecer e o dar força a tudo. Agora, pois, ó Deus nosso, graças te damos, e louvamos o nome da tua glória. Porque quem sou eu, para que pudesse oferecer voluntariamente coisas semelhantes? Porque tudo vem de ti, e do que é teu te damos.”

 

3)PERPECTIVA DA HONRA E DA FIDELIDADE

Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares”. Provérbios 3.9,10

 

4)ERSPECTIVA DE COMUNIDADE – FAMILIA

“ ... tudo na Igreja Metodista: recursos humanos, técnicos, financeiros, materiais, patrimoniais, etc... tem que gerar missão.” O dinheiro (dízimo ou oferta) dentro da perspectiva bíblica, é bênção quando utilizado para o serviço e promoção da obra missionária.” (Carta Pastoral do Colégio Episcopal sobre DÍZIMOS, 1999)

Na Igreja somos, formamos uma comunidade, formamos uma família. Como numa casa temos despesas à serem pagas, e investimentos à serem feitos : luz, agua, manutenção, funcionários, se investe no cuidado de crianças, jovens, adultos, equipamentos (som, microfone, instrumentos, materiais, ar condicionado, banco ou cadeira que você senta, até o boletim que você recebe .....)

Então, na perspectiva de COMUNIDADE, de UMA FAMILIA, quando contribuímos, ajudamos a pagar a conta daquilo que nós, meus filhos, minha família, também estamos usufruindo.

Você acha justo, honesto, todo mundo usar, usufruir, desfrutar, e alguns apenas pagar a conta? Quando nos tornamos membros da Igreja, assumimos o voto de contribuir regularmente para o sustento da Igreja.

 

5)PERSPECTIVA DAS BENÇÃOS E DAS PROMESSAS DE DEUS

No princípio da Honra, Obediência, Fidelidade, Gratidão e Ajuda mútua, há promessas de Deus, há bençãos do Senhor para cada um de nós.

Malaquias 3.10 : “ Trazei todos os dízimos....”

Provérbios 3.10 “Honra ao Senhor com os teus bens e com as primícias de todas as suas rendas, e então se encheram os teus celeiros fartamente e transbordarão os teus lagares ....”

Deuteronômio 28 “Se atentamente ouvir o Senhor ... essas bênçãos virão sobre ti e te alcançaram .....”

2 Coríntios 9.6-11 “O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. Cada um contribua; não com tristeza, ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria. E Deus é poderoso para fazer abundar em vós toda a graça, a fim de que tendo sempre, em tudo, toda a suficiência, abundeis em toda a boa obra; Aquele que dá a semente ao que semeia, também vos dê pão para comer, multiplicará a vossa sementeira, e aumentará os frutos da vossa justiça; Para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se deem graças a Deus.”

 

O Plano de Deus.

É o reconhecimento e obediência à vontade de Deus, a aceitação da nossa posição como mordomos e depositários da Sua graça com relação às posses, administração de tudo quanto está às nossas mãos e que foram doadas por Ele. Devemos utilizar os recursos que Deus nos concede para:

O suprimento de nossas necessidades básicas (Filipenses 4.19)
O suprimento da obra (casa) de Deus (Ageu 1.9 e Malaquias 3.10) O suprimento dos irmãos (Igreja) (1 Pedro 4.10 e 1 João 3.17) Auxílio à missão da Igreja.
Ajuda aos necessitados do mundo.

Assim, pois, importa que os homens nos considerem como ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus. Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel. (1 Coríntios 4.1-2)

A palavra despenseiro significa mordomo. Somos desafiados a exercer com sabedoria a administração que o Senhor nos concede. Sabendo que Ele continua sendo dono de tudo.

 

Como sermos bons mordomos do Senhor?

Para sermos bons mordomos, se faz necessário uma vida de inteira consagração ao Senhor. Tudo o que temos, tudo o que somos, tudo o que viermos a ter e tudo o que viermos a ser, pertence ao Senhor. Portanto:

Reconheça que tudo é de Deus. (Tiago 1.17)

Utilize os recursos que possui conforme a Bíblia orienta e não segundo o seu próprio desejo.

Não seja avarento e nem egoísta. Lembre-se que “o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males”. (1 Timóteo 6.10)

Contribua regularmente para o sustento da obra de Deus com seus talentos, dons, tempo e recursos materiais.

Seja sensível as necessidades alheias, e quando for necessário e útil ajude.

 

Ato de Fé

Para o cristão autêntico o ato de doar não termina com o dízimo, mas todo o seu dinheiro está cem por cento sob a orientação de Deus. Muitos entregam o dinheiro de forma legalista e não estão vivendo na prática de confiar. Wesley dizia que o cristão não deveria dar apenas a décima parte, mas doar toda renda extra, desde que a família estivesse bem cuidada e os débitos devidamente quitados. Ele acreditava que o crescimento de sua renda poderia não somente elevar o padrão de vida dos cristãos, mas também elevar o conceito de “dar”. Uma vida sem fé jamais poderá entender isto.

Mas para os confiantes na provisão e na generosidade divina, é uma revolução no seu estilo de vida.

Cada vez que devolvemos o dízimo, fazemos um ato de fé em Deus. A contribuição é a maneira de Deus levar seus filhos e filhas para longe da avareza. Quando devolvemos o que é de Deus, provamos que cremos na Sua Palavra viva. Devolver o dízimo com constância e fidelidade, criará uma colheita espiritual e material sólida.

Leia o que Provérbios 3.9-10 afirma sobre o dizimista: Honra ao Senhor com os teus bens, e com a primeira parte de todos os teus ganhos; E se encherão os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares. Temos aqui um mandamento acompanhado de promessa. Em Provérbios 11.24-25: Ao que distribui mais se lhe acrescenta, e ao que retém mais do que é justo, é para a sua perda. A alma generosa prosperará e aquele que atende, também será atendido.

A generosidade e o ato de dar são potentes remédios contra o medo mais instintivo que temos: passar necessidade. Vejamos alguns frutos do ato da nossa fidelidade:

 

Tratamento contra o medo - Aprendemos com a Palavra, que Deus estabeleceu um modo que destruiria o medo da pobreza, medo do futuro e da tirania da posse. Ganhando mais? Não, mas dando e devolvendo o dízimo. Muitos não têm fé e ousadia para serem fiéis, mas o crente em Jesus não é escravo do dinheiro, e o modo de Deus nos tratar é mexendo no nosso medo. Aquilo que vencemos, não nos domina mais. Só os libertos dão. Os escravos retêm!

 

Tratamento contra a ganância - Deus se antecipou à corrupção humana, pois sabia que nosso desejo por acumular posses seria usado por Satanás para nos manipular e nos corromper, como vemos em muitas pessoas que caíram em desgraça porque vivem tentando ter mais do que poderiam gastar. Muitos precisariam viver uns trezentos anos para dar conta de gastar o que têm, mas continuam entregues à avareza para acumular mais. Por isso Deus estabeleceu o sistema do dízimo. Ele colocou ali um corretivo que curaria a doença da ganância. Toda pessoa que semeia sua semente com fidelidade e constância, o dízimo, já venceu a ganância.

 

Um investimento eterno - Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam (Mateus 6.20). Vivemos na era da descoberta dos investimentos em ações de empresas consolidadas. Todos querem ser acionistas das grandes empresas! Mas ninguém comenta sobre a ansiedade que acomete todos os dias a vida dos acionistas. “Valorizou? Caiu o preço? Vou vender? Vou comprar?” Se parecem com ratos de laboratório correndo na gaiola do desespero.

 

Conclusão

Investir no Reino de Deus é muito mais lucrativo. Quando falamos que é um investimento eterno, queremos enfatizar que tal pessoa fiel faz parte de um projeto de vida muito superior, que confia e não tem dúvida da garantida morada que Jesus foi preparar (João 14.2).

O tesouro no céu é eterno, ninguém rouba. Serão ricos na eternidade aqueles que semearam de acordo com princípios bíblicos. Não se dedique somente à comida que perece, mas à comida que dura para a vida eterna.

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