Conversão
Jesus respondeu: “Em verdade, em verdade, lhe digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus” (João 3.3).
Em Atos 2.37-38, vemos que, após ouvirem a pregação de Pedro e reconhecerem que ele estava correto, os ouvintes foram exortados a se arrependerem. O arrependimento é mais do que um sentimento; é o reconhecimento do erro e a decisão de mudar, abandonando o pecado.
Os sinais de arrependimento incluem o convencimento do pecado, ou o reconhecimento do erro (João 16.8; Atos 2.37-38), e um quebrantamento profundo, com tristeza pelo pecado (Isaías 6.1-6; 2 Coríntios 7.9-10).
O que é necessário para o arrependimento?
Em Lucas 15.11-32, temos a história do filho pródigo, que fez escolhas erradas e sofreu as consequências. Em um momento de reflexão, ele reconhece seu erro e decide voltar ao pai, pedir perdão e arcar com o preço. Para transformar essa intenção em ação, ele precisou de:
• Humildade – É mais fácil encontrar desculpas para nossos erros do que assumi-los. No entanto, Deus concede graça ao humilde (Tiago 4.6b).
• Restituição – A disposição de voltar atrás e corrigir uma decisão errada (Lucas 15.17-19).
• Confissão – O filho pródigo não apenas voltou para casa, mas confessou ao pai que havia pecado (Lucas 15.20-21).
• Firme propósito – Ele estava disposto a ser tratado como empregado, mostrando disposição para fazer o que fosse necessário.
Frutos do arrependimento
Quando nos arrependemos sinceramente diante de Deus, algumas coisas acontecem: somos perdoados (1 João 1.9) e purificados (Isaías 6.6-7). João 16.8 nos ensina que o verdadeiro arrependimento é obra do Espírito Santo, que nos convence do pecado.
O arrependimento é o primeiro passo em direção à salvação, abrindo a porta para o novo nascimento.
Novo Nascimento
Jesus diz que, sem nascer de novo, ninguém pode ver o Reino de Deus (João 3.3). Quando nos arrependemos e confessamos nossos pecados a Deus, Ele nos perdoa e nos purifica de toda injustiça (1 João 1.9). Nesse momento, somos justificados e feitos novas criaturas (2 Coríntios 5.17).
Por que precisamos nascer de novo?
Quando a humanidade pecou, sua natureza foi corrompida. Antes inclinados a obedecer a Deus, após o pecado, nos tornamos escravos dos desejos da carne. A única solução para a libertação desse jugo é a morte da velha natureza. Ela foi crucificada com Cristo (Romanos 6.6; Gálatas 5.24), e uma nova natureza, inclinada a fazer a vontade de Deus, foi gerada (Romanos 6.4).
Sem nascer de novo, permanecemos mortos espiritualmente (Efésios 2.1). O novo nascimento nos vivifica espiritualmente e nos dá acesso à vida eterna.
Como podemos nascer de novo?
Efésios 1.13 nos ensina que, ao ouvirmos o evangelho e crermos, somos selados com o Espírito Santo. O novo nascimento é um ato de Deus, realizado pelo Espírito em todos os que creem. A justificação pela fé e o novo nascimento acontecem simultaneamente quando ouvimos a Palavra e cremos.
A Salvação
Efésios 2.1 nos lembra que estávamos mortos em nossos pecados, separados de Deus. Mas pela graça, fomos salvos (Efésios 2.8-9). Tínhamos uma dívida com Deus, que foi quitada por Jesus, ao remover o escrito de dívida, cravando-o na cruz (Colossenses 2.14).
O pecado trouxe morte espiritual, mas Cristo, sendo justo, pagou o preço pela nossa redenção. Ele assumiu a forma humana, viveu sem pecado (Hebreus 4.15), e derramou Seu sangue para nos purificar (1 João 1.7).
Como podemos ter certeza da salvação?
Alguns questionam se é possível ter certeza da salvação, mas as Escrituras nos garantem que, ao ouvirmos e crermos no evangelho, passamos da morte para a vida (João 5.24; 1 João 5.11-13).
Nossa certeza se baseia na Palavra de Deus.
Conclusão
A salvação é um dom de Deus, não resultado de obras (Efésios 2.8-9). Contudo, a Bíblia nos ensina que devemos praticar obras dignas de arrependimento (Atos 26.20) e que Deus nos redimiu para realizar boas obras (Efésios 2.10).